Contextualizar é o segredo

Contextualizar é o segredo
mariana-coelho
mariana-coelho

Compartilhe

Imagem de destaque #cover

Hoje quando desenvolvemos um site já devemos nos certificar da adequação dele para telas de diferentes tamanhos, em especial o ajuste para smartphones e tablets, afinal, sabemos que o número de pessoas que acessam sites e contas através destes dispositivos têm aumentado exponencialmente.

Sendo assim, estamos diante de um cenário, de um contexto que sabemos que querendo ou não nosso projeto estará inserido. Haverá sim, pessoas que vão acessar nossas páginas dentro do ônibus, do metrô, em casa, deitado na cama ou de inúmeras outras formas.

Se existem tantas forma diferentes de se utilizar uma solução, talvez seja ideal refletir sobre estes cenários fictícios desde o início do projeto, a fim de criar soluções mais assertivas e criativas para o usuário.

Mais do que pensar somente em funcionalidades e telas, hoje devemos pensar muito além para o desenvolvimento de um bom produto: devemos contextualizar.

Entendo o contexto

Quando se fala sobre contexto em Ux, estamos nos referindo à cenários, geralmente hipotéticos, onde o usuário estará interagindo com a nossa solução. Tais situações são geralmente relatadas através de narrativas escritas, storyboards, vídeos ou até histórias em quadrinhos.

Unir a criação das personas com a reflexão sobre os momentos de uso do produto nos permite enxergar com mais clareza, quais fatores externos poderão influenciar positivamente ou negativamente a experiência do usuário.

Toda experiência, mesmo em produtos digitais, está suscetível ao mundo real durante a sua utilização, afinal, o produto se adapta ao contexto e não o contrário.

Um aplicativo deve pensar na disposição das principais funcionalidades na tela com base nos dedos que o usuário utiliza, por exemplo, as atividades principais da solução geralmente se mantém na parte inferior da tela devido ao uso preferencial dos dedões. Quanto mais no topo da tela o botão estiver menos confortável é para o usuário utilizá-lo.

A Internet das Coisas (IoT) vem reforçar ainda mais a necessidade da contextualização, através da ideia de trazer a internet para diversos objetos do nosso cotidiano, influenciando profundamente a forma como interagimos com o mundo a nossa volta.

Há projetos em que os cenários já fazem parte dos requisitos iniciais, como por exemplo, um aplicativo de caminhada, onde sabemos desde o começo que nossos usuários estarão de pé, se movendo, na rua ou em algum outro local e não na frente de um computador ou sentado no metrô.

Mas quando estas necessidades não fazem parte tão diretamente da ideia do projeto, há a grande possibilidade de não refletirmos sobre o uso do mesmo.

Banner da Escola de UX e Design: Matricula-se na escola de UX e Design. Junte-se a uma comunidade de mais de 500 mil estudantes. Na Alura você tem acesso a todos os cursos em uma única assinatura; tem novos lançamentos a cada semana; desafios práticos. Clique e saiba mais!

O valor do contexto

Contextualizar nos ajuda a visualizar a experiência desejada, levando em conta quais serão as expectativas e motivações daquele usuário, qual o cotidiano em que ele está inserido e qual será o momento em que em meio a tudo isso ele irá procurar a nossa solução.

De que forma dentro destes cenários eu vou poder agregar mais valor para o meu produto utilizando todos esses fatores externos em benefício de uma experiência relevante e personalizada para o meu usuário?

Por este motivo e outros, é de suma importância para o profissional da área de UX, sair da frente do computador e descobrir novas informações para o projeto através de técnicas como pesquisas com os usuários e entrevistas.

Na Alura existem inclusive cursos como o de UX Produto, que mostram algumas práticas de testes e métricas para por em práticas em seus projetos.

Veja outros artigos sobre UX & Design