Metodologia Ágil - O que é?

Metodologia Ágil - O que é?
Giulia Losnak
Giulia Losnak

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O que é metodologia ágil?

Você já imaginou trabalhar de maneira mais flexível, ajustando e melhorando a condução do seu projeto ao longo do processo, combinando eficiência e flexibilidade às mudanças do mercado? Então a metodologia ágil pode ser uma opção para você!

A metodologia ágil é uma forma de gerir projetos, em que se busca a otimização dos processos. Em vez de seguir um plano rígido — como na gestão tradicional —, na metodologia ágil, podemos fazer ajustes e melhorias ao longo do desenvolvimento de projetos. Isso significa identificar e corrigir falhas rapidamente, garantindo resultados mais efetivos. Portanto, essa forma de gestão permite às pessoas gerentes uma abordagem moderna e eficiente para enfrentar desafios do mercado.

A utilização da agilidade promove uma cultura de colaboração e engajamento da equipe, pois a comunicação entre as pessoas do projeto é facilitada, o que permite a troca de ideias e o alinhamento constante dos objetivos. O foco está no trabalho em equipe e na entrega de valor ao cliente.

Quais são as principais características dos métodos ágeis?

Além da flexibilidade e da adaptação às mudanças, as principais características dos métodos ágeis são:

  • Iteratividade (repetição);
  • Colaboração;
  • Autonomia e empoderamento das equipes;
  • Entrega de valor.

Iteratividade

Ao contrário de uma gestão cascata, saiba que os métodos ágeis são baseados em ciclos iterativos e incrementais de trabalho. Isso porque o gerenciamento com essa abordagem é dividido em iterações menores, permitindo que partes funcionais do produto sejam entregues em intervalos regulares, no lugar de esperar até o fim do projeto para entregar um produto final. Isso porque os requisitos e as necessidades do projeto podem evoluir ao longo do tempo, e, em vez de resistir a mudanças, os métodos ágeis abraçam-nas e estão preparados para se adaptar rapidamente aos novos contextos.

Colaboração

Esses métodos também incentivam tanto a colaboração quanto a comunicação entre todas as pessoas da equipe, bem como com os stakeholders do projeto. Uma das características das equipes ágeis é trabalhar de forma interdisciplinar, promovendo a troca constante de ideias, conhecimentos e experiências.

Autonomia e empoderamento das equipes

E, por sua vez, a colaboração gera mais autonomia e empoderamento dessas equipes, pois as pessoas são incentivadas a se auto-organizarem, a tomar decisões e a definir o melhor caminho para atingir os objetivos do projeto.

Entrega de valor

Esses atributos dos métodos ágeis e sua cultura de experimentação favorecem a entrega de valor, pois, ao priorizarem entregas contínuas e incrementos de valor em cada iteração, permitem que clientes e stakeholders obtenham benefícios tangíveis mais cedo e possam fornecer feedbacks para orientar o desenvolvimento do projeto.

Depois de conhecer as principais características dessa metodologia, uma dúvida que você pode ter é: quando devo optar pelo método ágil? A resposta é depende. Uma maneira de analisar a necessidade de optar pela agilidade é compreender o nível de complexidade dos projetos que são trabalhos e o nível de complexidade do seu negócio. Isso pode ser feito por meio do framework Cynefin.

Esse framework fornece um modelo para analisar o contexto no qual um problema ou uma situação está inserida e sugere abordagens apropriadas com base nessa análise. O Cynefin classifica os problemas em quatro domínios: simples, complicado, complexo e caótico.

Se seu projeto estiver no domínio complexo, em que há incerteza, múltiplos fatores interdependentes e falta de soluções claras, as metodologias ágeis podem ser mais adequadas, já que, neste domínio, elas oferecem flexibilidade, adaptação contínua e capacidade de responder às mudanças de forma ágil.

No entanto, se estiver no domínio simples ou complicado, em que as causas e as soluções são conhecidas e previsíveis, outras abordagens mais estruturadas, como o modelo cascata, podem ser mais apropriadas.

Você pode conferir mais sobre o Cynefin no artigo Como usar o Cynefin na adoção de Business Agility. A partir da compreensão do Cynefin, entendemos que são necessárias diferentes abordagens para problemas distintos, e as metodologias ágeis devem ser consideradas quando há complexidade e incerteza significativas.

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Quais são as metodologias ágeis? Exemplos

Existem diferentes tipos de metodologias ágeis, cada uma com suas próprias características e objetivos específicos. Entre os mais conhecidos estão o Kanban, o Lean, o XP (Extreme Programming) e o Crystal. Além disso, temos alguns dos frameworks ágeis mais conhecidos, como o Scrum, o SAFe (Scaled Agile Framework), o LeSS (Large-Scale Scrum) e o Nexus.

Tanto as metodologias ágeis quanto os frameworks ágeis, são ferramentas essenciais para aprimorar a gestão de projetos e o sucesso das equipes no desenvolvimento de softwares e em outras áreas. Conheça melhor cada um deles a seguir.

Kanban

O método Kanban enfatiza a visualização do trabalho, a limitação do trabalho em progresso ou Work In Progress (WIP) e a melhoria contínua do processo. O Kanban utiliza um quadro Kanban, no qual as tarefas são representadas em cartões e movidas pelas diferentes etapas do fluxo de trabalho. Saiba mais sobre este método no artigo Kanban: o que é o Método Kanban, principais conceitos e como funciona no dia a dia.

Lean

O método Lean, também conhecido como Lean Thinking ou Pensamento Enxuto, em português, é uma abordagem de gestão originada no sistema de produção da Toyota, conhecido como Toyota Production System (TPS). Nesse método, procura-se otimizar os processos, identificando e eliminando desperdícios, e criar uma cultura de melhoria contínua, em que cada pessoa da equipe é incentivada a contribuir para a identificação e a solução de problemas. Apesar da sua origem na indústria manufatureira, o método tem sido aplicado com sucesso em diversos setores, como: serviços, saúde, tecnologia e desenvolvimento de software.

XP

Criado por Kent Beck e sua equipe no fim da década de 1990, o Extreme Programming (XP) é uma metodologia ágil de desenvolvimento de software que enfatiza práticas de engenharia de software e colaboração efetiva entre os membros da equipe. Ele busca fornecer um processo iterativo e adaptativo para entregar softwares de alta qualidade. O XP se baseia em uma série de práticas-chave que são implementadas em conjunto para promover resultados de alta qualidade e adaptabilidade às mudanças, que incluem: programação em pares, desenvolvimento orientado a Testes (TDD), integração contínua, refatoração e melhoria constante, entre outras.

Crystal

O Crystal é uma família de metodologias ágeis que foram desenvolvidas por Alistair Cockburn. Essas metodologias se adaptam a diferentes tipos de projetos e equipes, reconhecendo que não existe uma abordagem única que funcione para todos os contextos. O Crystal valoriza a comunicação efetiva, o trabalho em equipe e a adaptação às necessidades específicas do projeto, promovendo a entrega contínua de software de alta qualidade. Ele oferece uma série de práticas e diretrizes flexíveis para ajudar as equipes a alcançarem o sucesso em seus projetos, levando em consideração o tamanho, a criticidade e o ambiente do projeto.

Scrum

O Scrum é um framework ágil que visa facilitar a colaboração, a adaptação e a entrega de valor de forma iterativa e incremental. Ele se baseia em três pilares fundamentais: transparência, inspeção e adaptação. O Scrum divide o trabalho em iterações chamadas de Sprints, que geralmente têm duração de duas a quatro semanas e utiliza artefatos como o Product Backlog e o Sprint Backlog, além de cerimônias como as reuniões de planejamento, revisão e retrospectiva. O framework inclui papéis, como Scrum Master e Product Owner, eventos, como reuniões diárias de acompanhamento e revisões de sprint. Com um enfoque na auto-organização e na colaboração da equipe, o Scrum promove uma abordagem flexível para lidar com mudanças e busca maximizar o valor entregue ao cliente.

SAFe

O SAFe (Scaled Agile Framework) é um framework escalável para adoção ágil em grande escala. Ele fornece uma estrutura abrangente para organizações que desejam implementar e coordenar práticas ágeis em múltiplos níveis, desde equipes até portfólios. O SAFe se baseia em princípios ágeis e incorpora elementos do Lean, Scrum e Kanban, entre outras práticas. Ele oferece orientação para a definição de papéis, estruturas de equipe, planejamento de releases, gestão de requisitos e acompanhamento do progresso. O objetivo do SAFe é promover a colaboração, a eficiência e a entrega de valor contínua em ambientes empresariais complexos, permitindo a adoção ágil em larga escala.

LeSS

O LeSS (Large-Scale Scrum) é um framework ágil para escalar o Scrum em ambientes com múltiplas equipes trabalhando em um mesmo produto ou projeto. Ele visa simplificar e adaptar o Scrum para cenários de escala, mantendo a sua essência e seus valores fundamentais. O LeSS promove a colaboração, a transparência e o trabalho em equipe em toda a organização, buscando eliminar complexidades desnecessárias e promover a entrega de valor contínua. Tenha em mente que ele oferece orientações sobre como organizar as equipes, as cerimônias e os artefatos do Scrum em um contexto de escala, incentivando a comunicação efetiva, a descentralização e a aprendizagem organizacional. Com o LeSS, as organizações podem escalar o Scrum de forma ágil, mantendo a flexibilidade, a produtividade e a qualidade em projetos complexos.

Qual o objetivo da metodologia ágil?

Os principais objetivos da metodologia ágil são:

  • Reduzir os desperdícios, pois procuram identificar e minimizar desperdícios de recursos, tempo e esforços, visando à eficiência e à otimização dos processos de trabalho;

  • Melhoria contínua, já que buscam constantemente melhorar a eficiência, a qualidade e a produtividade por meio de ciclos de inspeção e adaptação, promovendo a identificação e a resolução de problemas, bem como a busca por melhores práticas e processos;

  • Foco na qualidade, porque priorizam a qualidade do produto ou serviço, incentivando práticas de desenvolvimento de software de alta qualidade, testes frequentes, revisões e melhorias contínuas;

  • Entrega contínua de valor, uma vez que o foco principal é fornecer produtos ou serviços de alta qualidade e valor, de forma constante e iterativa, priorizando o feedback e a satisfação de clientes.

Quais as 6 funções da metodologia ágil?

Ao longo da utilização dos métodos ou frameworks ágeis para o gerenciamento de projetos, as metodologias ágeis cumprem várias funções importantes para ajudar a validar a estratégia durante os projetos. Entre essas funções, você pode conferir:

  • Adaptabilidade: permitindo ajustes contínuos com base em feedback e novas informações;
  • Feedback contínuo: garantindo a validação da estratégia com base nas necessidades reais dos stakeholders;
  • Transparência: oferecendo visibilidade clara do progresso e resultados alcançados;
  • Entrega de valor contínua: validando a estratégia por meio de resultados tangíveis;
  • Experimentação e aprendizado: permitindo ajustes com base em insights obtidos;
  • Colaboração e engajamento: aproveitando o conhecimento coletivo para validar a estratégia e alinhar expectativas.

Dentro desse contexto é importante que as equipes que trabalham com agilidade saibam gerenciar as expectativas das pessoas interessadas no projeto. Gerenciar expectativas envolve comunicar claramente as características, os benefícios e os desafios das metodologias ágeis, estabelecendo uma compreensão compartilhada dos resultados esperados e dos limites da abordagem ágil. Isso ajuda a evitar mal-entendidos, frustrações e resistência.

Como aplicar a metodologia ágil na sua empresa?

Neste artigo, conto como decidimos parar de seguir a metodologia em cascata e seguir uma metodologia mais fluida.

Uma vez, fui contratada por uma empresa que desenvolvia softwares e aplicativos para outras companhias. Nela, um dos meus primeiros trabalhos era auxiliar no desenvolvimento de um aplicativo que visa permitir que as pessoas encontrem restaurantes baratos perto de onde elas se encontram.

Quando conheci o time, já me explicaram que eles seguiam uma estrutura clássica: planejamento, análise, design, documentação, codificação, realizar testes, implementar e, caso necessário, fazer a manutenção do aplicativo.

Essa é uma metodologia de desenvolvimento chamada em cascata, que significa que o processo é realizado por meio de fases, e uma delas só é iniciada quando a anterior termina e, assim, não é necessário retornar a um trabalho, já que ele já foi completamente finalizado.

Porém, por eu e a equipe levarmos muito tempo nas etapas de planejamento, análise e documentação de todo o projeto, o cliente ficou impaciente por não termos mostrado novidades a ele.

Além disso, o que havíamos feito não poderia ser apresentado para o cliente, já que a documentação é para consulta de pessoas analistas, arquitetas, desenvolvedoras e testers do projeto, ou seja, não era para o cliente.

Então, ele nos informou que o software agora tinha uma finalidade diferente da inicial. Tentamos mudar, porém, precisaríamos analisar, planejar e começar a documentação toda de novo. Pensando no tempo que demoramos para fazer isso, o cliente cancelou e, assim, o trabalho inteiro foi jogado fora.

Vimos que este método não estava mais funcionando. E qual foi o nosso erro?

Agilidade

Começamos a pensar em maneiras para agilizar ainda mais os próximos projetos. Então, decidimos parar de seguir essa metodologia em cascata e seguir uma metodologia mais fluida.

Mas aí, nos ocorreram várias dúvidas: como podemos fazer isso? Acabar com todas as regras?

Pensando nisso, dividimos as tarefas entre todos os integrantes da equipe. Assim, decidimos que cada pessoa pegaria uma questão definida para ser feita naquele mês e iria desenvolvê-la.

Quando começamos o projeto, fomos o desenvolvendo desta maneira: as tarefas foram divididas e cada uma atribuída a quem tinha mais facilidade em desenvolvê-la.

Porém, como a equipe se dividiu, não sabíamos o que cada um estava fazendo e qual parte estava pronta ou não. Isso, com o passar do tempo, começou a nos deixar perdidos a respeito de qual fase estávamos e quando podíamos começar a desenvolver outro requisito.

Esse cenário piorou quando fomos apresentá-lo ao cliente, pois, como não sabíamos como estava cada fase, algumas partes estavam completamente avançadas e outras ainda estavam no início.

Sem contar que algumas pessoas estavam tendo muita dificuldade em realizar suas tarefas, porém, não conseguiam pedir ajuda, pois não havia uma comunicação entre a equipe.

Também tínhamos os requisitos, mas não sabíamos o porquê eles eram necessários e isso nos deixava perdidos, sem saber como utilizá-los da melhor forma para entregar o projeto ao usuário.

Percebemos que um método sem regras não estava funcionando também. Mas como poderíamos resolver, já que não fazia sentido voltar para as regras que também não haviam funcionado?

Então, decidimos tentar colocar algumas premissas para serem cumpridas durante o processo.

Os indivíduos e as interações entre eles mais que os processos e as ferramentas

Como percebemos que estava havendo um obstáculo para a equipe falar em que ponto estava tendo dificuldade, decidimos que deveríamos ter mais integração entre nós, por meio de almoços e conversas durante o café.

Além disso, conhecer o trabalho uns dos outros, por meio de reuniões em que cada pessoa poderia dizer o que estava fazendo, o que faria a seguir e se estava tendo alguma dificuldade ou facilidade. Nelas, planejamos o que faríamos a seguir e integramos toda a equipe no processo de desenvolvimento.

Processos e ferramentas são importantes, mas eles são feitos e utilizados, respectivamente, pela equipe. Já a interação entre ela deve estar fluida e equilibrada para que a eficácia dos processos e das ferramentas ocorra sem grandes problemas.

Ainda, para cada requisito, ao invés de escrevermos o que precisamos fazer, como “adicionar um campo de busca”, escrevemos como aquilo ajudará o usuário. Dessa forma, podemos escrever, por exemplo: “o usuário precisa pesquisar termos para encontrar as funcionalidades do software de maneira mais rápida”.

Software funcionando mais do que documentação completa e abrangente

Como perdemos muito tempo com a documentação, e ela não agrega muito valor ao cliente, decidimos que nosso foco seria mais no desenvolvimento.

Assim, quando recebemos um projeto, analisamos como cada requisito pode ajudar o usuário e começamos a desenvolvê-lo.

Dessa forma, temos menos trabalho com documentação, já que fazemos por partes, ao mesmo tempo que desenvolvemos o software e o apresentamos ao cliente.

Colaboração com o cliente mais do que negociação de contratos

Também definimos que o cliente deveria estar mais presente em todo o processo de desenvolvimento, avaliando o que foi feito e nos indicando as próximas prioridades.

Além disso, dessa forma, caso o projeto precise de qualquer outra coisa, o cliente pode facilmente nos avisar, pois ele faz parte do projeto e participa de cada etapa.

Para ter essa colaboração frequentemente, marcamos uma reunião por mês com o cliente. Nela, mostraremos o que foi feito e receberemos novas demandas ou alterações das anteriores, sem precisar jogar o projeto inteiro fora, pois, caso tenha alguma mudança, saberemos com antecedência.

Resposta às mudanças mais do que seguir o plano inicial

Como as necessidades do cliente e do projeto podem mudar a qualquer momento, precisamos sempre nos atentar. Assim, ao invés de planejarmos todo o projeto de uma vez, agora planejamos cada etapa individualmente e em conjunto com o cliente.

Por termos esse contato mais direto com o cliente e por fazermos o projeto por partes, podemos nos adaptar às mudanças de forma mais rápida, já que é possível replanejar somente uma parte, quando necessário, e não o projeto todo.

Depois de alguns meses, essa nova estratégia estava apresentando bons resultados por conta dos benefícios trazidos por aquele método, entre eles:

  • Satisfação do cliente;
  • Melhor gestão de prioridades;
  • Melhor visibilidade dos projetos, uma vez que todos sabiam o que estava acontecendo nele;
  • Maior produtividade da equipe, pois ela estava mais motivada por seguirmos um ritmo saudável e simplificado de desenvolvimento.

Foi quando um novo integrante foi contratado para a equipe; assim que explicamos como tínhamos organizado as tarefas, ele nos respondeu que era uma metodologia ágil, e que a maneira que fazíamos seguia os valores do manifesto ágil. Confira essa entrevista do nosso CEO Paulo Silveira com Alexandre Magno, da Emergee:

Manifesto Ágil

O Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software foi escrito em 2001 por um grupo de 17 pessoas desenvolvedoras. Elas agruparam e aprimoraram diversos conceitos de metodologia de desenvolvimento ágil no manifesto.

Esses conceitos iam pelo caminho contrário ao método em cascata, ou seja, rígido, em que as regras e as etapas devem ser seguidas. A metodologia ágil fica no meio-termo entre o rígido e o livre.

Esse manifesto conta com quatro valores e doze princípios que devem ser incluídos na rotina das empresas.

Os valores, que já estávamos seguindo são:

  • Os indivíduos e a interação entre eles mais do que os processos e as ferramentas;
  • Software funcionando mais do que documentação completa e abrangente;
  • Colaboração com o cliente mais do que negociação de contratos;
  • Contratos e resposta às mudanças mais do que seguir o plano inicial.

Isso não quer dizer que apenas a parte antes do “mais do que” seja importante, porém, ela é a prioridade.

Agora, confira quais são os princípios dos métodos ágeis por trás dos valores, que devem ser mantidos sempre em mente enquanto o software estiver sendo desenvolvido:

  • A maior prioridade é satisfazer o cliente por meio da entrega adiantada e contínua de software de valor;
  • Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimento. Processos ágeis se adequam às mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens competitivas;
  • Entregar software funcionando com frequência, preferencialmente em semanas;
  • Cooperação diária entre pessoas que entendem do “negócio” e desenvolvedores;
  • Projetos surgem por meio de indivíduos motivados, entre os quais existe relação de confiança.
  • A maneira mais eficaz e eficiente de transmitir informações são por meio de conversas cara a cara;
  • Software funcionais são a principal medida de progresso do projeto;
  • Processos ágeis promovem um ambiente sustentável. Os patrocinadores, os desenvolvedores e os usuários devem ser capazes de manter indefinidamente passos constantes;
  • Contínua atenção à excelência técnica e bom design aumenta a agilidade;
  • Simplicidade é essencial. Cultivar a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser feito;
  • As melhores arquiteturas, requisitos e projetos emergem de equipes auto-organizadas;
  • Em intervalos regulares, o time reflete sobre como se tornar mais efetivo, então, se ajustam e otimizam seu comportamento de acordo.

O manifesto ágil é como se fosse o embasamento filosófico para as metodologias ágeis. Baseado nesses valores e princípios, muitas foram criadas. Entre elas, o Scrum, o Kanban e o EXtreme Programming, conhecido como XP.

Agora que nossa equipe já conhece os valores do manifesto ágil, podemos utilizar algumas das metodologias para seguir no dia a dia do desenvolvimento. Após saber um pouco mais sobre Metodologia Ágil, o que você acha de conferir nossa formação de Gerente Ágil para colocar em prática as metodologias ágeis na sua equipe?

Perguntas Frequentes:

Qual a metodologia ágil mais utilizada?

Isso pode variar, pois as metodologias ágeis são indicadas para diferentes casos. Contudo, o Kanban, o XP (Extreme Programming) e o Lean são amplamente adotados e podem ser preferidos em diferentes situações, dependendo do contexto e das preferências da organização. Já o Scrum, como framework ágil, é amplamente utilizado em várias indústrias e organizações de diferentes tamanhos. O Scrum é valorizado por sua simplicidade, adaptabilidade e foco na entrega contínua de valor ao cliente. Ele oferece uma estrutura clara de papéis, cerimônias e artefatos que ajudam as equipes a gerenciar e controlar o trabalho de forma eficaz. Mas a escolha da metodologia ou do framework, deve obedecer às necessidades específicas de cada projeto ou organização.

Metodologia cascata é ágil?

Não. A metodologia cascata e a metodologia ágil se diferenciam pela sua abordagem. Os métodos ágeis têm um enfoque iterativo e incremental no desenvolvimento de projetos, valorizam a entrega contínua de valor com foco na colaboração entre a equipe de desenvolvimento e o cliente. Por outro lado, o método cascata segue uma abordagem linear, em que cada fase do projeto é concluída antes de passar para a próxima fase. Além disso, o escopo, os requisitos e as etapas do projeto são definidos no início do processo e seguidos rigidamente até a entrega final, o que significa que é menos adaptável às mudanças, ao contrário da metodologia ágil.

Existem cursos de metodologia ágil específicos?

Existem cursos preparatórios para as pessoas que querem ter uma certificação para aprofundar seus conhecimentos em métodos ágeis e uma gestão ágil eficiente. Entre as certificações, estão:

  • Certified Scrum Master (CSM): oferecida pela Scrum Alliance, essa certificação valida o conhecimento e a compreensão do Scrum, um dos frameworks ágeis mais populares.
  • Professional Scrum Master (PSM): oferecida pela Scrum.org, essa certificação também se concentra no Scrum e valida a compreensão e a aplicação dos seus princípios e práticas.
  • Project Management Professional - Agile (PMP-ACP): oferecida pelo Project Management Institute (PMI), essa certificação abrange uma gama de metodologias ágeis, como Scrum, Kanban, Lean, XP e outras abordagens ágeis.
  • SAFe Agilist (SA): oferecida pela Scaled Agile, essa certificação valida o conhecimento e a compreensão do Scaled Agile Framework (SAFe), que é uma abordagem para a adoção ágil em larga escala.
  • Agile Certified Practitioner (PMI-ACP): também oferecida pelo PMI, essa certificação abrange uma variedade de metodologias ágeis, incluindo Scrum, Kanban, Lean, XP, entre outras. Na Alura, temos a Formação Preparatório para Certificação PMI-ACP na qual você terá uma visão ampla de como se preparar para essa certificação.

O que é um projeto ágil?

Um projeto ágil segue a abordagem dos princípios e das práticas das metodologias ágeis. Em contraste com a visão tradicional de gerenciamento de projetos, as metodologias ágeis priorizam a flexibilidade, a colaboração e a entrega de valor contínua. As decisões são tomadas de forma iterativa, baseadas em feedback constante dos stakeholders, clientes e pessoas usuárias. A adaptabilidade é uma característica fundamental dos projetos ágeis, permitindo que eles se ajustem às mudanças de requisitos e às necessidades emergentes. Portanto, nesse modelo de projeto, busca-se maximizar a eficiência, a eficácia e a satisfação das pessoas envolvidas por meio de uma abordagem flexível, interativa e orientada a resultados.

Giulia Losnak
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