UX não é só uma questão de usabilidade

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leticia-mayumi
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Foi criado um App de previsão do tempo e o resultado ficou mais ou menos assim:

Note que, em poucos passos, conseguimos chegar ao principal objetivo do App de forma relativamente simples.

Ou seja, a usabilidade está bem resolvida e, portanto, garantimos que o usuário terá uma boa experiência, certo? Não exatamente.

Comumente cometemos o erro de acreditar que UX é simplesmente um sinônimo de usabilidade,quando, na verdade, usabilidade é apenas um dos pontos de um conjunto de fatores que fazem parte da experiência do usuário.

Nesse App, por exemplo, você acha que o design parece consistente o suficiente para atrair a atenção de um usuário? Ou ainda, será que esse App parece seguro o suficiente para me comprometer a passar informações importantes?

Existe uma série de variáveis que influenciam diretamente na construção ou não de uma experiência memorável. Portanto, antes de mais nada, é importante conhecer um pouco mais dessas variáveis antes de seguir adiante no processo de UX. Vamos lá!

A hierarquia de necessidades em Design

Quando pensamos em desenvolver um produto novo é natural esperar que ele seja muito bem aceito e nos traga o retorno que gostaríamos, afinal, esse é o propósito de empreender, certo?

Mas, para isso precisamos pensar em como envolver nossos consumidores, considerando seus desejos e necessidades, o que precisam, o que não precisam… Enfim, entender que fatores tornam nosso produto relevante para o que ele quer.

Em 2009, Steven Bradley, sintetizou essa ideia lançando a pirâmide de necessidades de Design, ou a Hierarquia de necessidades de Design, baseada na teoria de Abraham Maslow sobre a Motivação Humana, e sua pirâmide de necessidades.

Perceba que, seguindo a lógica desta hierarquia, usabilidade é de fato um tema bastante relevante, mas não o único. Isto é, devemos analisar outros fatores como:

  • Funcionalidade: Tudo aquilo que agrega valor ao negócio, quais problemas e objetivos busca atingir. Ou seja, por que eu usaria isso?

  • Confiabilidade: Este fator é determinante para que o usuário desenvolva algum vínculo com o negócio. Se eu acredito e confio em algo, as chances de fidelização aumentam.

  • Usabilidade: Tornar a interação simples e intuitiva auxilia o usuário e cria uma experiência mais agradável.

  • Competência: Aqui é onde trabalhamos a qualidade do nosso produto, isto é, o diferencial competitivo do que estamos propondo. O que somos muito bons em fazer?

  • Criatividade: Criamos uma personalidade, aquele "que" a mais que nos torna mais interessantes e originais, registrando na memória do usuário uma experiência particular.

Agora sim, visualizamos uma série de coisas que abrangem a experiência do usuário, enriquecendo cada mínimo detalhe (que são extremamente relevantes, quando se trata da experiência do usuário).

E como será que ficaria aquele primeiro exemplo nesse novo contexto?

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De volta ao exemplo inicial

Se aplicarmos estes novos conceitos ao exemplo que citamos anteriormente, teríamos algo assim:

Perceba que agora, com um design limpo e alinhado com a proposta do App, criamos uma experiência muito diferente da anterior.

A imagem no início remete ao tema do App, por exemplo, bem como as cores de background para dia ensolarado e chuvoso, reforçando a ideia que queremos passar e deixando o visual muito mais bonito.

A ideia aqui é deixar claro para o usuário que nós nos preocupamos com o nosso produto, mas além disso, esperamos que esse produto se conecte bem com os interesses dele e torne essa experiência mais interessante e prazerosa através de um design consistente e atrativo.

Foco na experiência

Sabendo de todos estes conceitos, chegamos à conclusão de que UX envolve todo um universo de possibilidades a serem consideradas além da usabilidade, se quisermos construir uma experiência satisfatória ao usuário.

Se nos dedicarmos a preencher cada um dos níveis da pirâmide com qualidade, aliando o conceito do negócio com as necessidades do usuário, teremos um produto consistente e pronto para competir com a concorrência no mercado.

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